terça-feira, 11 de agosto de 2020

RAIMUNDO NONATO DA SILVA

 


MARTINS, 18/08/1907 – RIO DE JANEIRO, 22/08/1993

Escritor. Polígrafo, autor de numerosas obras, quase todas de interesse  regional, em vários campos: História, Biografia, ETNOGRAFIA, Memorial e Ficção, Membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras, Juiz de Direito da Comarca de Apodi, não fez carreira na Magistratura, aposentando-se voluntariamente. Professor em diversos educandários do Estado, Coordenador do Ensino Comercial no Rio Grande do Norte, Assessor do Diretor do Ensino Comercial, no Ministério da Educação e Cultura, Rio de Janeiro.

No largo que leva o seu nome, próximo à Rua das Pedras, onde viveu, inaugurou-se a 18 de agosto de 1987, o seu busto em bronze.

FONTE – LIVRO – MARTINS A CIDADE E A SERRA, DE MANOEL ONOFRE JÚNIOR.

EDIÇÃO ESPECIAL DO JORNAL O MOSSOROENSE - CENTÁRIO DE RAIMUNDO NONATO DA SILVA

 

DOMINGO, 19 DE AGOSTO DE 2007 - CADERNO DO JORNAL - O MOSSOROENSE - NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

ESCRITOR, ADVOGADO, MEMORIALISTA. NÃO SATISFEITO, RAIMUNDO NONATO TAMBÉM SE AVENTUROU COMO POETA E TROVADOR, MESMO QUE MUITAS VEZES ESCONDIDO SOB ALGUM PSEUDÔNIMO

UMA V O Z QUE NÃO SE PERDEU NO DESERTO

Raimundo Nonato não envelhece.Isto de peso dos anos,no seu caso, parece não significar coisa alguma. Aquele jeito de burguês cheio de saúde, risonho, a palavra (ou palavrão) sempre fácil, o cabelo cortado geralmente à escovinha,como o faziam os jovens de algumas décadas, e o passo sempre vagaroso, como quem não tem nenhuma pressa de chegar, tudo faz de Nonato uma figura sem par.Há poucos dias esteve aqui novamente. Veio como sempre rever Mossoró e atualizar-se sobre a cidade. Não quer isto dizer que no Rio, onde reside, não receba nunca notícias de cá.

De tudo quer saber, e com minúcia de detalhes, com precisão, com rigor. Porque esta incessantemente a escrever sobre Mossoró ou sobre esta região do Rio Grande do Norte,e não deseja que, nos seus relatos, algo saia em desacordo com a verdade dos fatos. Sua obra hoje é das mais vastas, e certamente em quase toda ela se fala da gente, dos episódios, das cores deste lugar, inclusive aconteci- mentos aparentemente sem significado que somente sua memória poderia guardar

 

Do ponto de vista literário, não é fácil classificar Raimundo.Na verdade, é ele um admirável historia- dor,um excelente cronista,cuja capacidade para fixar datas, ambientes, caracteres e comportamentos humanos, parece inexcedível.

Não pretende ocupar-se de ficção. Quer antes ser o escritor fiel no registro da vida, das aventuras, do heroísmo e das glórias da sua província. Nada quer inventar ou falsificar. Antes preocupa-se em transpor, para os livros, os modismos das gentes, a paisagem de sua terra, os acontecimentos do cotidiano que vão enchendo os nossos dias. Por isto sua obra contém, hoje,material inestimável para o futuro historiador, o futuro estudioso da sociedade desta área do Rio Grande do Norte, que afinal nenhuma importância teria, não fora o carinho e mesmo a obstinação com que a tem retratado, em livros sucessivos, o escritor Raimundo Nonato

Raimundo Nonato chega com sua memória fabulosa e sua paixão por Mossoró para proferir conferências sobre o nosso passado. Ele desse da viatura que o traz com o semblante mostrando a satisfação de quem faz uma viagem de volta com vontade de chegar. Para to- dos que vai encontrando tem o abraço largo e a saudação humorada de quem não consegue reprimir o jubilo pelo reencontro com a terra e os conhecidos. Com os mais velhos, o diálogo gira sempre sobre nomes de vultos de outras épocas, que encheram de curiosidade o menino ou adolescente Raimundo Nonato, estudante da Escola Normal e mais tarde professor de português, que muitas gerações conheceram

Pode-se pensar que desde aqueles anos já Raimundo andava de lápis e papel à mão tomando no- tas para o futuro. Mas o certo é que o que ele diz, o que rememora,seja nas conferências que profere,se- ja nos artigos de jornal ou nos livros que escreve,é tirado principal- mente do fundo da memória que possui, do arquivo que ela é, onde nada parece se perder ou definhar. Na verdade, ninguém terá memória mais firme, nem capacidade maior para reproduzir, seja palavra oral, seja quando põe as pa- lavras no papel,acontecimentos ou feitos do passado. Escutá-lo falar é um desses exercícios que todo mossoroense naturalmente só faz com agrado. Porque, falando de Mossoró,Raimundo Nonato abre diante de nós, claro como o dia, o nosso passado mais remoto, e não há quem não se encante com a riqueza de nomes,vultos,fatos e coi- sas que vão brotando da sua memória, sem dificuldade

JAIME HIPÓLITO DANTAS (DO JORNAL "O MOSSOROENSE")

 

PREFEITURAS DE MOSSORÓ E MARTINS FESTEJAM CENTENÁRIO DE RAIMUNDO NONATO

As prefeituras de Mossoró e Martins comemoram o centenário de nasci- mento de Raimundo Nonato da Silva com programação que começa na terra natal do escritor.

Raimundo Nonato deixou Martins em 1919 fugindo da seca. A história está relatada no livro "Memórias de Um Retirante". A abertura dos festejos no município será às 9h com sessão solene na Câmara Municipal, lançamento do concurso literário que leva o nome do historiador, e da reedição do romance "Quarteirão da Fome"

As homenagens continuam em Mossoró (onde o escritor fez carreira), às 19h30, com a palestra "Vida e obra de Raimundo Nonato" do presidente do Instituto Histórico e Geográfico do RN, Enélio Petrovich. Antes do coquetel de encerramento, a Biblioteca Municipal Ney Pontes Duarte também recebe a reedição do clássico "Quarteirão da Fome", ponto alto das comemorações. "As outras obras de Raimundo

"As outras obras de Raimundo Nonato foram editadas mui- tas vezes. Há obras que foram reeditadas até seis vezes. 'Quarteirão da Fome' é o primeiro romance dele,de 1949,e nunca ha- via recebido uma reedição. O livro era encontrado basicamente apenas pelos sebos. Por isso, resolvemos fazer essa homenagem com a nova tiragem da obra",diz o advogado e integrante da comissão organizadora das homenagens, David Leite

Lançado pela editora Sarau das Letras, a segunda edição do romance "Quarteirão da Fome" traz prefácio do escritor Clauder Arcanjo e posfácio do acadêmico e crítico literário Manoel Onofre Jr

Com desenho de capa do médico João Hel- der Alves Arcanjo, projeto gráfico do jornalista Tobias Queiroz, a segunda edi- ção conta, ainda, com depoi- mento do presidente do IH- GRN, Enélio Lima Petrovich

Professor, juiz de Direito e escritor polígrafo, com vasta contribuição à historiografia e memorialística potiguar, Raimundo assinala a sua passagem pela prosa de ficção com os romances Quarteirão da Fome (1949) e Poço das Pedras (1973), que tiveram suas primeiras edições pela Pongetti, do Rio de Janeiro

Na bibliografia de Raimundo Nonato existem 30 títulos da série Minhas Memórias do Oeste Potiguar, da Coleção Mossoroense, publicados pela Fundação Vingt-un Rosado. O acervo do escritor inclui ain- da monografias e artigos de jornal

PEQUENA BIOGRAFIA DE RAIMUNDO NONATO DA SILV A

 


Nascido no dia 18 de agosto de 1907,na cidade de Martins (RN), Raimundo Nonato da Silva era filho do casal lavrador João Cardoso da Silva e Ana Lima da Silva.Teve uma infância dura,pas- sou os primeiros anos de sua vi- da enfrentando trabalhos rudes, ajudando seus pais na li- da do campo. Com a grande seca de 1919,foi o- brigado a se mudar junto com a família para Mossoró, deixando de lado o que Lauro da Escóssia definiu como "as esperanças paternas de aurir proveito no amanho da terra". Chega a cidade num domingo, 6 de julho. Com vontade de vencer na vida, encara diversos trabalhos. Vira engraxate, se torna amassador de cigarros. Trabalha co- mo caixeiro numa bodega do mercado e num restaurante. Mesmo sendo safo nas batalhas da vida, tem dificuldades para ser alfabetizado. O professor Raimundo Reginaldo da Rocha o aperfeiçoou para seu ingresso na Escola Normal de Mossoró,em 1922, onde saiu professor primário na sua segunda turma, três anos depois. Segundo seu biógrafo e colega de turma,Lauro da Escóssia,em seu livro "Cronologias Mossoroenses",Raimundo Nonato "foi aluno de tirocínio,o que lhe valeu ter sido um dos primeiros a ingressar no magistério público como professor e diretor de Grupos Escolares de São Miguel, Serra Negra, Apodi e Natal, onde serviu adido à Secretaria da Educação do Es- tado. Sua atuação, quando fixando residência em Mossoró,foi das mais proveitosas nos círculos educacionais, intelectuais e jornalísticos.Exerceu magistério secundário na Escola Normal de onde saiu diplomado, no Colégio Santa Luzia, Sagrado Coração de Maria e na Escola Técnica de Comércio União Caixeiral, organização esta de ensino profissionalizante que ajudou a fundar e de que foi diretor. Colaborador da imprensa local, ora escrevendo artigos, comentários e sueltos,oras versejando com sua revelação poética que somente mais tarde ficou de- scoberto. Em vários anos, durante as festividades religiosas da padroeira, levantou jornais humorísticos da temporada.Em Na- tal manteve esse mesmo ritmo, jamais se negando em participar de responsabilidade de editar jornais e revistas literárias e de as- sociar-se a entidades cívicas". Raimundo Nonato formou-se em Direito pala faculdade de Alagoas, ingressou no Ministério Público,sendo nomeado Juiz de Direito da Comarca de Apodi, em cuja função se aposentou. Depois, fixou-se no Rio de Janeiro, mas nunca esqueceu de sua terra, o Rio Grande do Norte e sua cidade adotiva, Mossoró, onde era assíduo participante das comemorações do dia 30 de setembro. Professor,magistrado,jornalista,cronista, historiador, escritor e poeta Raimundo Nonato da Silva faleceu no Rio de Janeiro no dia 22 de agosto de 1993,quatro dias após completar 86 anos. Autor de mais de quarenta trabalhos literários, entre ficção, romance, folclore e história, com destaque para "Quarteirão da Fome" (romance), "História de Lo- bishomem" (folclore), "Lampião em Mossoró", "Serra de Martins" (os homens, o tempo e os fatos)," Jenuino Brilhante - O cangaceiro Romântico","Bacharéis de Olin- da e Recife" (Norte-riograndense forma- dos entre 1832 a 1932), "Em revista o Centenário de O MOSSOROENSE, em colaboração com Walter Wanderley. "Evolução Urbanística de Mossoró",""Visões e Abusões Nordestinos" (1º e 2º volumes)

O MOSSOROENSE

HOSANAS AO MESTRE NONATO

 


POR GERALDO MAIA DO NASCIMENTO (FOTO ACIMA)

Nascido no dia 18 de agosto de 1907,na cidade de Martins (RN), Raimundo Nonato da Silva era filho do casal lavrador João Cardoso da Silva e Ana Lima da Silva.Teve uma infância dura,pas- sou os primeiros anos de sua vi- da enfrentando trabalhos rudes, ajudando seus pais na li- da do campo. Com a grande seca de 1919,foi o- brigado a se mudar junto com a família para Mossoró, deixando de la- do o que Lauro da Escóssia definiu como "as esperanças paternas de aurir proveito no amanho da terra". Chega a cidade num domingo, 6 de julho. Com vontade de vencer na vida, encara diversos trabalhos. Vira engraxate, se torna amassador de cigarros. Trabalha co- mo caixeiro numa bodega do mercado e num restaurante. Mesmo sendo safo nas batalhas da vida, tem dificuldades para ser alfabetizado. O professor Raimundo Reginaldo da Rocha o aperfeiçoou para seu ingresso na Escola Normal de Mossoró,em 1922, onde saiu professor primário na sua segunda turma, três anos depois. Segundo seu biógrafo e colega de turma,Lauro da Escóssia,em seu livro "Cronologias Mossoroenses",Raimundo Nonato "foi aluno de tirocínio,o que lhe valeu ter sido um dos primeiros a ingressar no magistério público como professor e diretor de Grupos Escolares de São Miguel, Serra Negra, Apodi e Natal, onde serviu adido à Secretaria da Educação do Estado. Sua atuação, quando fixando residência em Mossoró,foi das mais proveitosas nos círculos educacionais, intelectuais e jornalísticos.Exerceu magistério secundário na Escola Normal de onde saiu diplomado, no Colégio Santa Luzia, Sagrado Coração de Maria e na Escola Técnica de Comércio União Caixeiral, organização esta de ensino profissionalizante que ajudou a fundar e de que foi diretor. Colaborador da imprensa local, ora escrevendo artigos, comentários e sueltos,oras versejando com sua revelação poética que somente mais tarde ficou descoberto. Em vários anos, durante as festividades religiosas da padroeira, levantou jornais humorísticos da temporada.Em Na- tal manteve esse mesmo ritmo, jamais se negando em participar de responsabilidade de editar jornais e revistas literárias e de as- sociar-se a entidades cívicas". Raimundo Nonato formou-se em Direito pala faculdade de Alagoas, ingressou no Ministério Público,sendo nomeado Juiz de Direito da Comarca de Apodi, em cuja função se aposentou. Depois, fixou-se no Rio de Janeiro, mas nunca esqueceu de sua terra, o Rio Grande do Norte e sua cidade adotiva, Mossoró, onde era assíduo participante das comemorações do dia 30 de setem- bro. Professor,magistrado,jornalista,cronista, historiador, escritor e poeta Raimundo Nonato da Silva faleceu no Rio de Janeiro no dia 22 de agosto de 1993,quatro dias após completar 86 anos. Autor de mais de quarenta trabalhos literários, entre ficção, romance, folclore e história, com destaque para "Quarteirão da Fome" (romance), "História de Lo- bishomem" (folclore), "Lampião em Mossoró", "Serra de Martins" (os homens, o tempo e os fatos)," Jenuino Brilhante - O cangaceiro Romântico","Bacharéis de Olinda e Recife" (Norte-riograndense forma- dos entre 1832 a 1932), "Em revista o Centenário de O MOSSOROENSE, em colaboração com Walter Wanderley. "Evolução Urbanística de Mossoró","Visões e Abusões Nordestinos" (1º e 2º volumes).

 

Disse o Senhor:"Escreve,pois o que viste..." Apocalipse,1,19). E o mestre, seguindo as reco- mendações bíblicas,tornou-se escritor e escreveu sobre sua terra e sua gente.Nada escapou aos olhos investigativos do mestre Nonato. Rafael Negreiros descrevia-o como "infatigável pesquisador da coisa pública, pesquisador de hábitos, costumes, ritos, andante ha- bitual de ruas, vielas, becos, avenidas, ala- medas e jardins

Raimundo Nonato da Silva nasceu em Martins/RN, em 18 de agosto de 1907, num dia de segunda-feira,sendo filho do casal lavrador João Cardoso da Silva e Ana de Lima e Silva. Desde muito cedo começou a trabalhar com os pais na lida do campo. Segundo seu depoimento: "A bem dizer,não cheguei a ter infância,nem conheci a mocidade, pois mal abri os ol- hos para o mundo, fui logo atirado aos rudes afazeres do campo, no trato da terra, na vida solta, no meio agreste de uma natureza madrasta;a fome rodava por per- to, era raro o dia em que o fogo via a panela"

Em 1919, aos 12 anos de idade, era tangido pela grande seca que assolava a região, descendo a amada Serra do Martins, percorrendo o mesmo caminho de Lampião, até chegar em Mossoró. A "cidade grande" o deslumbra, mas não tem tempo para brincadeiras. Inicia sua vida co- mo engraxate, ocupando também outros subempregos como varredor de hotel,car- regador de cadeiras ou qualquer outra ocupação que lhe rendesse algum dinheiro. Não sabia ler; e foi com muita dificuldade que iniciou os estudos das primeiras letras e noções gramaticais,indispensáveis às necessidades educacionais.Com a aju- da de Raimundo Reginaldo da Rocha ingressou na Escola Normal de Mossoró de onde saiu professor primário na sua segunda turma em 1925, já com dezoito anos de idade.Ingressou no magistério público como professor e diretor de Grupos Escolares em São Miguel, Serra Negra,Apodi e Natal,onde serviu adido à Se- cretaria de Educação do Estado.

Sua atuação, quando fixando residência em Mossoró,foi das mais proveitosas nos círculos educacionais, intelectuais e jornalísticos. Exerceu magistério secundário na Escola Normal, Colégio Diocesano Santa Luzia, no Sagrado Coração de Maria e na Escola Técnica de Comér- cio "União Caixeiral". Foi colaborador da imprensa local, ora escrevendo artigos,comentários,ora versejando com sua revelação poética que somente mais tarde seria descoberta.

Formado em Direito pela Faculdade de Alagoas,ingressou no Ministério Público, sendo nomeado Juiz de Direito da Comarca de Apodi, em cuja função se aposentou. Em 1962 foi morar no Rio de Janeiro, mas nunca esqueceu a sua terra adotiva. Sempre que podia, voltava a Mossoró para encontrar os amigos e rever a cidade, principalmente nas festas de 30 de setembro,que é a maior festa cívica de Mossoró.Além de professor,magistrado e jornalista,tornou-se cronista,historiador,escritor e poeta, possuindo uma bagagem literária que o fez um dos grandes da literatura potiguar

QUANDO QUESTIONADO DE COMO TINHA SE TORNADO ESCRITOR, RESPONDEU:

 

QUANDO QUESTIONADO DE COMO TINHA SE TORNADO ESCRITOR, RESPONDEU:

- Desde o tempo de estudante que eu freqüentava umas pequenas tipografias. Eu vivia lá por dentro e rascunhava umas cronicazinhas e depois uns jornalzinhos de festas, levando pancada e bengalada , porque a gente bolia com os namoro depois dentro do próprio Mossoroense com outro jornalzinho, depois dentro do Correio do Povo, com jornal mais sério, "O Correio Festivo", com o Américo de Oliveira Costa, onde nós fomos ameaça- dos de umas pauladas, por termos bolido com o namoro de alguém e o Américo foi procurar o Juiz para garantir. De for- ma que vem desse tempo o começo.O livro, cronicazinha, livro mesmo sério, eu publiquei o meu. Sério é a forma de dizer quando publiquei o "Quarteirão da Fome"

 

Raimundo Nonato era membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Gran de do Norte, da Academia Norte-riograndense de Letras, Federação das Academias de Letras do Brasil,Instituto Genealógico Brasileiro de São Paulo, Asso- ciação Brasileira de Escritores, Sindicado dos Advogados do Brasil,Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro, Associação dos Professores do Rio Grande do Norte, Associação Brasileira de Im- prensa, Sindicado dos Jornalistas Liberais da Guanabara,Sociedade Brasileira de Folclore de Natal e Instituto Cultural do Oeste Potiguar de Mossoró.Deixou mais de oitenta livros publicados de fundo literário, histórico e biográfico

Morreu no Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1993, quatro dias após seu aniversário de 86 anos de idade. Num artigo publicado em 30 de setembro daquele ano, intitulado "Bilhete a Nonato", o historia- dor Raimundo Soares de Brito se despe- de do amigo dizendo: "Enquanto houver um 30 de setembro, você estará aqui conosco marcando presença em espírito na memória dos seus amigos que são inumeráveis. Ficará para sempre porque você deixou o seu nome indelevelmente gravado nas pedras das ruas de Mossoró

Nas pedras e nos corações dos habitantes dessa Mossoró que você tanto amou. Boa viagem, meu velho companheiro e até o próximo "trintão", se Deus quiser...".

FONTE – O MOSSOROENSE

HOMENAGEM PÓSTUMA AO ESCRITOR RAIMUNDO NONATO DA SILVA, AO ENSEJO DO TRANSCURSO DO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO.

 

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SUMÁRIO

 

O SR. JOÃO MAIA (PR-RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as cidades de Mossoró e Martins, no Rio Grande do Norte, estão em festa neste sábado, dia 18, comemorando o centenário de Raimundo Nonato da Silva, emérito escritor do meu Estado. Por isso, gostaria de reproduzir aqui um texto que me foi enviado pelo Prof. David de Medeiros Leite, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.
Diz assim o texto:
"Raimundo Nonato da Silva, certa vez, foi cognominado sociólogo da seca, pois 'viu de perto e contou de certo' as agruras de nosso sertão. Contou é pouco. Em verdade ele escreveu com 'saber de experiência feito'. Memórias de um Retirante tem ares de clássico. Comparo-o, sempre, ao Vidas Secas, do também nordestino Graciliano Ramos. Dá cinema, teatro, novela...
Nascido na cidade serrana de Martins, aos 18 de agosto de 1907, migrou para Mossoró, atraído pela 'cidade grande', como gostava de dizer. Fez-se engraxate. Alfabetizado quase na adolescência, estudou na velha Escola Normal. Abraçou a profissão de professor. Ensinou na própria Escola Normal, na União Caixeiral. Fez périplo por várias cidades. Formou-se em Direito e galgou a magistratura.
No começo da década de sessenta, Raimundo Nonato mudou-se para o Rio de Janeiro. A produção literária cresce. Produziu e publicou com profusão. Livros que precisam de reedições. Mais que isso, deveriam constar nas recordações de nossos colégios e dos exames vestibulares. São tantos e tão variados que carecem de análise acurada. Exemplos: Quarteirão da Fome, romance; Jesuíno Brilhante; o Cangaceiro Romântico; e Lampião em Mossoró, referências no tema cangaço. Além do já citado Memórias de um Retirante.

Raimundo Nonato é fonte, 'e sendo fonte jorra como águas límpidas entre as pedras e a poeira do tempo'. Valho-me desta lapidar frase do ministro Francisco Fausto Paula de Medeiros, extraída do prefácio do livro Saudades, de autoria do memorialista Francisco Rodrigues da Costa, por considerá-la uma bela expressão poética que se ajusta como luva para delinear o perfil do nosso homenageado.
Raimundo Nonato era inquieto por natureza, e ficava ainda mais, relembra Eledil, seu filho, quando setembro chegava. Queria voltar a Mossoró. Fisicamente, claro, pois seu espírito, certamente, nunca cruzou os umbrais da ponte construída pelo Padre Mota (é padre, é mota, é gordo e é buchudo... bordão mossoroense que ele adorava). Missivista compulsivo, usava essa 'arma' epistolar para não perder o contato com a cidade, com os amigos. Tinha em Raimundo Soares de Brito um dos destinatários prediletos. Relembrava pessoas, reclamava esquecimentos.

A rotina dos setembros nunca era alterada. Sempre estava incorporado às festividades. Tinha, no entanto, na Sessão Magna Branca da Loja Maçônica 24 de Junho, seu maior compromisso. Fosse como orador ou mero espectador, Raimundo Nonato era presença infalível. É de sua autoria uma das obras mais importantes sobre a data: História Social da Abolição em Mossoró. Na terra de Santa Luzia, cumpria um ritual: tomava café da manhã no Mercado Central, passeava pelo centro da cidade contemplando lugares e prédios. Sempre de terno e gravata. Não era difícil encontrá-lo pelas ruas, conversando com circunstantes: 'Nesta casa morou o abolicionista fulano de tal...' Explicava didaticamente e saía a discorrer sobre a personagem.
É preciso revisitá-lo, lê-lo, estudá-lo. Ele que tanto pesquisou nossa história, nosso povo, nossas origens. E o fazia com um amor transbordante. Dorian Jorge Freire recomendava, aos desejosos em conhecer a história de Mossoró, que procurassem os livros de Raimundo Nonato.
Nas comemorações de seu centenário de nascimento, a editora Sarau das Letras resolveu relançar o seu Quarteirão da Fome, publicado originalmente em 1949. Singela homenagem a um dos grandes nomes da literatura potiguar."

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, encerro minha fala fazendo um chamado aos jovens do Brasil, particularmente os do Nordeste, e em especial os do Rio Grande Nonato, para que leiam Raimundo Nonato, pois nossa consciência de cidadãos e de produtores de história amplia-se ao conhecermos nossas origens e ao cultivarmos nossa cultura.
Muito obrigado.

FONTE – SITE  DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

MEMÓRIA E ESCRITA: UM OLHAR SOBRE A NARRATIVA MEMORIALÍSTICA DE RAIMUNDO NONATO DA SILVA EM TORNO DA CIDADE DE MOSSORÓ/RN (1957-1983).

 

MEMÓRIA E ESCRITA: UM OLHAR SOBRE A NARRATIVA MEMORIALÍSTICA DE RAIMUNDO NONATO DA SILVA EM TORNO DA CIDADE DE MOSSORÓ/RN (1957-1983).

HÉLIA COSTA MORAIS*

RESUMO

O presente trabalho se propõe analisar o processo de construção da escrita memorialística do intelectual Raimundo Nonato da Silva acerca da cidade de Mossoró-RN. Admitindo que a compreensão desta escrita requer o entendimento dos dispositivos que compõem a memória individual e coletiva e o modo como estas influenciaram na sua narrativa. A sua produção escrita se faz marcada por dimensões afetivas e históricas, fruto da relação estabelecida com os principais grupos de intelectuais do Estado e seus respectivos interesses locais. Instituições como o Instituto Histórico e Geográfico do RN e o Instituto Cultural do Oeste Potiguar, foram responsáveis por nortear muitas de suas concepções e práticas escriturárias, bem como foram influenciadas pelo prestígio destas. A partir da análise das suas obras Memórias de um Retirante (1957) e Evolução urbanística de Mossoró (1983) propomo-nos investigar as construções produzidas através da sua escrita em torno dos espaços e sujeitos da cidade de Mossoró, refletindo o modo como os seus escritos literários e memorialísticos ajudam a construir a história da cidade, bem como a rede de interesses que possibilitaram a sua produção.

Palavras-Chave: Memória. Escrita. Raimundo Nonato da Silva. Mossoró.

Raimundo Nonato da Silva nasceu em 18 de agosto de 1907 na cidade de Martins, estado do Rio Grande do Norte. Filho de um casal de lavradores migrou para a cidade de Mossoró durante a seca de 1919, junto a uma leva de retirantes que rumava em busca de meios de subsistência. Na cidade de Mossoró, foi engraxate, lavador de pratos, varredor de hotel, ajudante de bodega no Mercado Público Municipal, para não citar outras ocupações. Ingressou na Escola Normal, de onde saiu professor em 1925, aos 18 anos de idade. Lecionou e dirigiu grupos escolares em várias cidades. Em 1955, formou-se em Direito pela Faculdade de Alagoas e foi nomeado juiz da comarca de Apodi, em cuja função se aposentou. A partir de 1949 dedicou-se à escrita publicando mais de 80 livros, entre os quais destacam-se obras nos campos do romance, crônica, memória, etnografia, história, folclore, etc.

Sua trajetória intelectual foi marcada pelo engajamento em diversas instituições, como o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN), a Academia Norte-RioGrandense de Letras (ANL), o Instituto Cultural do Oeste Potiguar (ICOP), além de outras instituições cuja atuação ultrapassa as fronteiras do estado, a exemplo da Federação das Academias de Letras do Brasil, o Instituto Genealógico Brasileiro de São Paulo, a Associação Brasileira de Escritores, o Sindicato dos Jornalistas Liberais da Guanabara e a Sociedade Brasileira de Folclore. Raimundo Nonato mudou-se para o Rio de Janeiro em definitivo no ano de 1961, aonde veio a falecer em 22 de agosto de 1993, aos 86 anos de idade.

A presente investigação histórica se propõe analisar o processo de construção da sua escrita memorialística acerca da cidade de Mossoró. Admitindo que a compreensão da mesma requer o entendimento dos dispositivos que compõem a memória individual e coletiva, averiguando o modo como estas tiveram influência em sua narrativa. A sua produção escrita se faz marcada por dimensões afetivas e históricas, fruto da relação estabelecida com os principais grupos de intelectuais do Estado e seus respectivos interesses locais, responsáveis por nortear muitas de suas concepções e práticas escriturárias, mas que também foram influenciadas pelo prestígio destas. A partir da análise das suas obras Memórias de um Retirante (1957) e Evolução urbanística de Mossoró (1983) propomo-nos investigar as construções produzidas através da sua escrita em torno dos espaços e sujeitos da cidade de Mossoró, refletindo o modo como os seus escritos literários e memorialísticos ajudam a construir a história da cidade, bem como a rede de interesses que possibilitaram a sua produção. A discussão referente à relação entre história e memória, aqui esboçada, se faz necessária devido o presente estudo historiográfico embasar-se na problematização de narrativas literárias, memorialísticas e históricas que são capazes de revelar minúcias quanto aos sujeitos, espaços e costumes alusivos ao passado e que ajudam a reconstruir teias de relacionamentos e experiências compartilhadas com a coletividade de uma época.

A discussão referente à relação entre história e memória, aqui esboçada, se faz necessária devido o presente estudo historiográfico embasar-se na problematização de narrativas literárias, memorialísticas e históricas que são capazes de revelar minúcias quanto aos sujeitos, espaços e costumes alusivos ao passado e que ajudam a reconstruir teias de relacionamentos e experiências compartilhadas com a coletividade de uma época.

A narrativa de Raimundo Nonato, por exemplo, revela inúmeros aspectos quanto ao modo de vida cotidiano dos sujeitos potiguares, desde feirantes e pessoas ilustres que ocupavam o Mercado Público Municipal de Mossoró, aos moleques que percorriam as ruas sujas da cidade. As memórias são apresentadas nos textos através de uma espécie de constituição poética que acaba por penetrar no terreno historiográfico e, como afirma Júlio Pimentel, está “[...] mais interessada nos ritos de conformação do passado do que em sua percepção no momento em que relampeja” (PINTO: 1998: p. 6) ainda que, sempre almeje estabelecer uma dialética entre presente e passado. Cabe ao historiador, imbuído pela perspectiva histórica, operar sob uma base crítica almejando a apreensão dos vestígios do passado, através das memórias que são construídas e reconfiguradas temporalmente

O exercício realizado na tentativa de relacionar o conceito de memória ao de história se justifica pelo fato de as lembranças de Raimundo Nonato não pertencerem exclusivamente a ele, mas à sociedade da qual fez parte, uma vez que sua narrativa fornece informações sobre o contexto sócio-cultural no qual estava inserido. Apesar de seletiva, parcial e passível de manipulação, a memória individual é uma fonte histórica extremamente relevante, pois assim “[...] como todas as atividades humanas, a memória é compartilhada, razão pela qual cada indivíduo tem algo a contribuir para a história social” (PORTELLI, 2001).

Assim, intencionamos problematizar os rastros construídos e legados através da narrativa memorialística de Raimundo Nonato, de modo a perceber como estes contribuíram para as diversas representações em torno da cidade de Mossoró. Atentando ao modo como sua narrativa contribuiu para a historiografia da região e para a construção de uma memória sobre sua gente, seus espaços e relações. Admite-se que os relatos produzidos por ele atuam como agentes que interferem direta ou indiretamente na construção identitária dos sujeitos e lugares presentes nos espaços narrados, numa teia que abriga o tempo, o espaço e o homem

O seu relato evidencia o entendimento de que a partir da memória individual de Raimundo Nonato é possível a apreensão, embora parcial e seletiva, da memória social daquela época. Compreendendo que a identidade social é organizada para além de elementos que evidenciam a percepção de si mesmo, pois esta sofre modificações externas a partir de critérios e negociações estabelecidas, muitas vezes, no contato com outras pessoas. A assertiva de Cascudo não deve ser tomada, contudo, como casual. Entre palavras elogiosas e reconhecimento que se reputa sincero, vão se construindo as teias ou como diria Norbert Elias (2001), as redes de sociabilidades que vão constituir e direcionar as práticas, as identidades e as estratégias de apresentação entre os sujeitos que constroem e legitimam uns aos outros no seio dos seus grupos.3

Nesta obra, Raimundo Nonato promove uma narrativa minuciosa quanto aos lugares, hábitos, sujeitos e contextos vividos compartilhados em vários momentos do passado da cidade de Mossoró e região Oeste Potiguar. Sua escrita abriga vestígios de épocas vividas por muitas pessoas, acabando por despertar o sentimento de identificação aos que leem suas memórias. De modo que esse sentimento se faz tão forte que, muitas vezes, as suas memórias podem interferir no processo de construção identitária dos sujeitos e lugares vinculados aos espaços descritos por ele ao longo de sua narrativa. Identifica-se, portanto, a presença de uma memória social em seus relatos aparentemente individuais.

Sua teia narrativa abriga não somente aspectos e impressões individuais do autor, mas revela singularidades no que concerne às relações sociais, culturais e políticas ali estabelecidas. Ao longo da narrativa que (re)constrói sua caminhada junto a uma leva deretirantes que fugia das asperezas do sertão, durante a seca de 1919, retrata os sujeitos e paisagens com as quais se deparou. Sua rememoração apresenta-se como possível meio de resistência aos prováveis desencantamentos com o contexto no qual ele a escreveu, propiciando a ressacralização de algumas de suas memórias, visto que o processo de invocação ao passado através da memória está ligado à ausência temporal; tanto de um si que não é mais o mesmo, quanto dos outros, diante de um tempo passado, irreversivelmente deixado para trás.

 

Em Evolução urbanística de Mossoró (1983), Raimundo Nonato promove outro tipo de construção narrativa acerca da cidade. Aqui ele não recorre exclusivamente às memórias, mas se reporta a documentos que ajudam a traçar o roteiro da cidade. Transforma sua pesquisa em plantas que ajudam a recompor o itinerário das ruas e sua evolução ao longo do tempo. Esta obra serve como referência a vários pesquisadores que pretendem se deter ao estudo urbanístico da cidade de Mossoró, que conta com um material muito escasso em relação a plantas que reportem à cidade nos tempos passados, não se restringindo a pesquisadores da área de História.Vejamos alguns exemplos, a seguir.

Sendo assim, é preciso ponderar que Raimundo Nonato fazia parte de uma intelectualidade7 que intentava projetar a cidade de Mossoró enquanto centro regional. Essa ideia foi tecida por seus próprios intelectuais, responsáveis por promoverem representações que atestam tal pensamento. Para eles, a “região mossoroense” compreenderia parte da Chapada do Apodi, e esta abrangeria quase todo o estado geograficamente. De modo que sua atribuição como região não foi considerada levando em conta apenas seus aspectos geopolíticos; mas também o que se refere à sua produção cultural, através do desenvolvimento de uma ideia de “cultura mossoroense”, a qual conforme se supunha naquele contexto, seria capaz de “influenciar” os municípios que estavam em seu entorno, que a teriam como um centro regional. Como sugere Albuquerque Jr:

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escrita memorialística de Raimundo Nonato é mesclada por materialidades e subjetividades. As ruas, os espaços e as pessoas são transformados em memória, de modo que se materializam através da própria escrita. Presenteia-nos com relatos e descrições que permitem investigar e compreender parte do contexto ao qual ele se refere ao desenrolar de suas narrativas, nos fazendo vislumbrar espaços modificados pelo tempo. Sua escrita constrói representações significativas sobre a cidade e região Oeste Potiguar como um todo, de modo a gerar um sentimento de identificação naqueles que leem seus relatos memorialísticos sobre um passado que não mais retorna, mas que curiosamente parece se fazer presente nas suas memórias “paginadas”.

Por conseguinte, as obras aqui analisadas – mesmo que de forma breve – se apresentam como elementos fundamentais à construção e significação identitária em torno do espaço geográfico e sentimental mossoroense. Considerando que remontam períodos distintos da cidade, considerando as suas mudanças ao longo do processo histórico e contribuindo diretamente no processo de construção identitária da cidade e dos sujeitos que se utilizam dos seus espaços.

FONTE - HÉLIA COSTA MORAIS*INTERNET

RAIMUNDO NONATO DA SILVA

  MARTINS, 18/08/1907 – RIO DE JANEIRO, 22/08/1993 Escritor. Polígrafo, autor de numerosas obras, quase todas de interesse  regional, em...

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